Empresários discutem problemas do trânsito na Via Dutra


O Diretor-Presidente da concessionária NovaDutra, Maurício Soares Negrão se reuniu, no dia 17 de julho, com o presidente da CDL de Nova Iguaçu, Cláudio Rosemberg e empresários da região para discutir os principais problemas do trânsito na rodovia Presidente Dutra, principalmente na região da Baixada Fluminense, onde o fluxo de veículos é intenso. Seus 402 km ligam as duas regiões metropolitanas mais importantes do país: Rio de Janeiro e São Paulo. Atravessa os centros industriais dos dois Estados, abrangendo uma região altamente desenvolvida, que responde por cerca de 50% do PIB brasileiro. Principal rodovia do País foi construída há mais de 50 anos. 

De acordo com Maurício Negrão, o crescimento das cidades em torno da rodovia contribuiu para que o fluxo de veículos crescesse aceleradamente. "Esse é o nosso maior desafio, qualquer obra feita ao longo da via, entra no fluxo de caixa e isso é uma grande dificuldade para a concessionária, porque há muito pouco usuário pagando para muitos utilizarem a rodovia". 

Maurício Negrão destacou que a Concessionária injetou grande soma de recursos na rodovia. "No período de março de 1996 a dezembro de 2007, foram mais de R$ 6 bilhões, a preços de hoje, sendo R$ 2 bilhões em investimentos, R$ 3 bilhões em operação e foram arrecadados cerca de R$ 662 milhões em impostos e isso mostra que houve grande desoneração e um ganho para o estado em termos de impostos"

O presidente afirmou, ainda, que as obras da pista marginal entre a Casa do Alemão e o posto Roda Viva, no km 170,5 estão previstas no orçamento da concessionária e serão entregues até o final deste ano. "As obras que se estendem até o km 172,9, no viaduto de Coelho da Rocha, logo após a entrada de Belford Roxo, serão entregues até outubro de 2009, o restante está em discussão na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) com uma proposta de cronograma para que até o ano de 2013, cheguem ao KM 182,5". 


Maurício Negrão também destacou que há uma proposta da Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu em executar as obras do viaduto localizado próximo às indústrias Granfino. "Foi feito um acordo no qual está previsto a prefeitura executar as obras da marginal neste trecho, bem como duplicar o viaduto, no local ainda este ano. Isso resolveria um dos grandes problemas de acesso a Nova Iguaçu. No entendimento da ANTT as obras que são de interesse local não devem ser executadas pela Concessionária, pois, se forem, quem pagará a conta serão os usuários da rodovia. Portanto obras de interesse local devem ser realizadas pelas prefeituras interessadas." 

O representante das Indústrias Granfino, Sebastião Lopes de Oliveira, falou sobre o valor do pedágio: "O preço do pedágio da Via Dutra é caro, essa é a principal reclamação dos usuários. O volume de aumento de veículos ao redor dos municípios é grande, mas eles não chegam a circular um ou dois quilômetros na rodovia. Acho que o problema não é difícil de resolver, não sei porque a NovaDutra e a Prefeitura jogam o problema um para o outro".

O representante da empresa Azevedo e Cotrick questionou sobre o aumento do fluxo de tráfego na rodovia. "Quando foi feita a concessão existia um fluxo de tráfego e, naturalmente, existia também um planejamento de crescimento das regiões. Hoje a NovaDutra diz que devem ser computadas novas tarifas para ampliação da marginal. A concessão foi feita há doze anos, e não entendo como funcionou esse planejamento e porque não há recursos agora". De acordo com o presidente da concessionária NovaDutra, houve um erro durante a licitação. "Na época da licitação, verificamos que as quantidades previstos no edital não eram suficientes para implantar todas as marginais. Foi perguntado a Comissão de Licitação do então Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), se poderíamos colocar as quantidades necessárias no orçamento. A resposta foi negativa, disseram que deveríamos fazer os cálculos com as quantidades estipuladas pelo DNER e se elas não fossem suficientes no futuro, seria feito o reequilíbrio econômico financero do contrato". 

Durante a reunião, o representante do Posto de Gasolina Box 1000, Armando César Trindade, também reivindicou a melhoria do trânsito próximo à entrada e saída da Pólo Automotivo, na Av. Nilo Peçanha, onde há um fluxo intenso devido a grande quantidade de lojas de autopeças na cidade de Nova Iguaçu.

"É preciso fazer uma baia de parada de ônibus para que o consumidor vindo de cidades vizinhas possa ter maior conforto e segurança conferiu Sr. Armando César Trindade."

Cerca de cinqüenta empresários participaram da reunião. O presidente da CDLNI, Cláudio Rosemberg, agradeceu a presença de todos e falou que o principal objetivo do encontro foi atender as necessidades dos empresários e destacar as demandas dos investimentos que a cidade vem recebendo. "O fluxo de veículos deve aumentar nos próximos meses devido aos investimentos. São mais de R$ 500 milhões de recursos do PAC e cerca de R$ 2 bilhões em investimentos, principalmente no setor de habitação. que estão chegando à Nova Iguaçu. Nós, moradores e trabalhadores da cidade de Nova Iguaçu, precisamos de uma solução para não perdermos tanto tempo no trânsito, e ampliar a marginal até Belford Roxo é transferir o problema da Casa do Alemão para o Carrefour de Belford Roxo, se não houver agulhas para a pista do meio, acabará comprometendo todo o trânsito da cidade vizinha".

"Buscarei parcerias em toda Baixada Fluminense com todas as Instituições, Entidades, Associações, Rotarys Clubes, CDL's, Sindicatos e Empresas para formarmos uma grande mobilização para reivindicarmos junto aos órgãos competentes que a Marginal venha até Nova Iguaçu. Não descansarei enquanto não tiver uma posição definitiva, pois são milhões de pessoas prejudicadas diariamente com o trânsito caótico da agulha próximo a Casa do Alemão." Destacou Rosemberg.