Varejo prevê crescimento de 4% em 2014

Desaquecimento do mercado de trabalho, inflação alta e taxas de juros elevadas deixam expectativas do varejo abaixo dos índices de 2013

De acordo com as previsões da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), as vendas a prazo no varejo deverão ter um aumento de 4% neste ano, índice inferior aos 4,12% registrados em 2013.

A alta da inflação e a elevação nas taxas de juros deverão conter o avanço da massa salarial – a soma de todos os salários pagos durante o ano – ocasionando um cenário ‘‘ligeiramente adverso para o comércio’’, explica Luiza Rodrigues, economista do SPC Brasil. Para os especialistas do Dieese, o salário mínimo precisaria ser de R$ 2.765,44 para suprir todas as necessidades básicas do trabalhador, melhorando seu potencial de consumo.

A Copa do Mundo, que ocorrerá no Brasil no meio de ano, trará resultados antagônicos para os diferentes segmentos do comércio varejista. Os televisores devem se destacar nas vendas dos eletrodomésticos e já vêm celebrando seu crescimento neste início de ano. Os comércios dos alimentos e das bebidas, por sua vez, serão favorecidos, mas seus crescimentos não influenciam tão fortemente as vendas a prazo.

A taxa Selic deverá sofrer um aumento de 0,25% e ficar estável após isso. As vendas de automóveis sofrerão queda devido ao aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Já os produtos da linha branca têm expectativa de estabilidade nas vendas.